segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ciência

       A palavra evoluir vem do latim evolutione, que significa desenvolvimento progressivo, seja de uma idéia, de um acontecimento, de uma ação, etc. Em biologia, evolução se refere a uma teoria que admite a transformação progressiva das espécies.

       Os seres vivos podem se "ajustar" às condições ambientais até um certo limite. Por exemplo, um jogador de futebol que mora e treina na cidade de Santos, no litoral do estado de São Paulo, se for jogar uma partida na Bolívia (onde a altitude é muito maior e assim a pressão do oxigênio contido no ar é bem menor) precisará ir alguns dias antes da partida para treinar e elevar o seu número de hemácias no sangue, o que aumentará a eficiência do transporte de oxigênio para os diferentes tecidos do corpo.

       Contudo, se este mesmo jogador subir a altitudes muito maiores na nossa atmosfera, chegará um momento que seu corpo não conseguirá mais se ajustar, adaptar, às novas condições. Aí, mesmo que ele não faça nenhum esforço físico, a sua capacidade de retirar oxigênio do ar será insuficiente para mantê-lo vivo e ele vai morrer.

       Ao capinar jardins, cortar cana, ou colher feijão, a pele das mãos de um lavrador ficará mais grossa, espessa (calejadas), pelo uso contínuo da foice ou da enxada, pelo trabalho duro realizado com elas.

       Adaptação e transmissão de características

       Um halterofilista terá a musculatura de seus braços bastante desenvolvida, mas seu filho, se não praticar o mesmo esporte, não terá a musculatura avantajada como a do pai. Ou seja, as pessoas que apresentam as alterações que citamos anteriormente não as transmitem para seus descendentes. Essas alterações são fisiológicas, no indivíduo. Nesses casos, não há uma modificação no material genético para que possa ser transmitido às outras gerações.

       Existem características das espécies que podem ser transmitidas aos descendentes de uma mesma espécie. Diferentemente da maioria dos outros mamíferos, as baleias têm corpos hidrodinâmicos; normalmente não possuem pêlos (que é uma característica dos mamíferos) e têm seus membros anteriores transformados em nadadeiras. Além disso, possuem uma cauda achatada horizontalmente, responsável pela locomoção e estabilidade de seus corpos.

       O ouvido das baleias não apresenta qualquer estrutura externa, como a maioria dos mamíferos que possui orelha. Suas narinas localizam-se no alto da cabeça e elas têm uma espessa camada de gordura embaixo de uma grossa pele, que proporciona um isolamento térmico, funciona como reserva de energia para enfrentar as longas migrações e auxilia na flutuação de seus corpos. O sistema respiratório desses animais suporta longos períodos de mergulho.

       Podemos dizer que as baleias estão adaptadas ao meio aquático, pois possuem várias características que lhes permitem sobreviver nesse ambiente. Essas características são geneticamente determinadas e assim podem ser transmitidas aos descendentes de cada uma das baleias.

       A evolução biológica pode ser compreendida como um conjunto de transformações que ocorre no decorrer do tempo em uma população. Essas modificações estão intimamente ligadas ao como estes seres vivos se adaptam ao meio ambiente, ou seja, essas modificações são movidas pela seleção natural.

       Seleção natural

       Quando uma espécie encontra-se em um meio favorável, o número de indivíduos daquela espécie aumentará até o limite de capacidade daquele ambiente. Suponhamos que em uma determinada região o solo esteja bastante favorável para o desenvolvimento de plantas herbáceas (plantas de pequeno porte).

        Alguns coelhos chegam a essa região e se reproduzem, geram descendentes, os quais conseguem sobreviver devido à abundância alimentar e à disponibilidade de espaço, pois podem esconder-se de seus predadores. Esses descendentes também se reproduzem e os descendentes de seus descendentes também se reproduzem. Dessa forma a população de coelhos irá aumentar até não existir mais alimento suficiente para todos, nem espaço para viver ou se esconder dos predadores.

        Esses coelhos são todos de uma mesma espécie e, mais do que de uma mesma espécie, são de uma mesma população, são aparentados de uma maneira geral. Porém, apesar de serem geneticamente muito semelhantes, não são idênticos. Alguns são mais lentos e podem ser mais facilmente capturados pelos seus predadores. Os que têm a visão melhor e são mais rápidos encontrarão alimento mais facilmente.

       Alguns podem apresentar uma deficiência imunológica e ao serem infectados por microrganismos morrerão facilmente. A coloração de alguns chamará mais a atenção dos predadores que a coloração de outros, sendo assim, os mais chamativos terão maior dificuldade para escapar de seus predadores.

       Na luta para se manterem vivos, os que conseguem chegar à idade adulta, se reproduzem. Esses indivíduos que sobreviveram eram mais adaptados que os outros e conseguiu deixar mais descendentes, semelhantes a eles, que, por sua vez, terão maior probabilidade de se adaptarem ao meio, como seus pais.

       A esse processo Darwin deu o nome de seleção natural: os mais adaptados às condições do meio ambiente sobrevivem e se reproduzem e a cada geração os que se reproduzem são, preferencialmente, aqueles que possuem melhores condições de adaptação ao meio ambiente.
       Sem questionar a epistemologia em ciência e com ampla abertura crítica a qualquer método filosófico, desde o Idealismo ao Realismo passando pelo Racionalismo Aplicado, pretende-se alcançar uma síntese das várias construções do saber no sentido de uma filogénese baseada no modelo do Evolucionismo de Teilhard de Chardin.
       Resultará a harmonia universal de uma auto-regulação dos fenómenos, desde os mais simples aos mais complexos, de modo a originar sempre uma ordem, mesmo quando existe desordem aparente? Isso pressupõe que se aceite o paradigma da chama que revoluteia, sem excluir de todo o paradigma do cristal, com as suas medidas invariáveis, sempre certas, mesmo quando a doutrina mais coerente na via do conhecimento pareça ser o primado da incerteza.
       Segundo o Transformismo, a pré-vida é integrada nas noções de pluralidade, unidade e energia que são as três faces da matéria. A pluralidade está bem definida pelos átomos e partículas que se interligam num sistema que vai subindo em complexidade, desde as unidades inferiores até aos astros e galáxias passando pelos corpos simples, pelas combinações moleculares e, no movimento ascendente, pela vida e no topo o Homem – flecha ascendente da grande síntese biológica (T. de Chardin). A unidade resulta da identidade da massa e comportamento das partículas, só definíveis em função da influência sobre tudo o que as rodeia. A realidade das ligações colectivas é feita pelo que a ciência designa empiricamente por energia. Esta traduz a capacidade de acção ou de interacção. Os corpúsculos materiais podem ser tratados como reservatórios provisórios de uma potência concentrada.
       O que torna original o Evolucionismo de T. de Chardin é partir de uma espécie de “consciência” já existente nas partículas elementares, que avança no sentido de uma complexidade (na organização) e de uma transcendência (no sentido). Existe uma clara divergência da metodologia científica, baseada na observação rigorosa dos seres existentes, e entra no domínio da metafísica e do religioso, diferente do virar para fora que extrai a verdade dos factos objectivos através da observação e da experiência, como postula o Positivismo. Que dizer da “consciência” interna das coisas, da sua auto-regulação, harmonização e constante transformação? Segundo a teoria da origem das espécies de Darwin, o Homem é a mais alta forma de vida animal na Terra.
       Na evolução das espécies, o Homem ocupa um lugar privilegiado, tendo conquistado a supremacia sobre as demais pela selecção natural. Essa vantagem advém-lhe do facto de ser dotado de consciência reflexiva com capacidade criativa, mas distinto dos outros seres pela forma de comunicar, isto é, pela linguagem. Essa capacidade verbal foi o “salto” que o separou dos outros primatas. Através da fala houve interacção, formaram-se os grupos, estabeleceu-se uma cultura. O homem racional pensa, reflecte e transmite conhecimentos. Produz ciência, mas cada vez mais não pode prescindir dos ajudantes tecnológicos. O progresso da tecnologia levou-o até à cibernética, em 1948, através da inteligência fulgurante de Norbert Wiener (1894-1964).
       A cibernética (do grego Kybernetikos, que significa “próprio do piloto”) designa a ciência que estuda os automatismos e os mecanismos de autoregulação no comportamento humano, animal e nos sistemas electromecânicos que exercem funções análogas, tal como os computadores. O mais curioso é que o organismo humano funciona precisamente com mecanismos de autoregulação idênticos. Até é provável que no acto de pensar os neurónios cerebrais funcionem do mesmo modo. Não é excessivo colocar lado a lado o Homem e um átomo através da generalização do conceito de consciência, salvaguardando a natureza única que os humanos detêm no mundo existente e conhecido.


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